quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Empresas aéreas não trabalham com hipótese de greve nos aeroportos durante o Natal


As principais companhias aéreas brasileiras não trabalham com a possibilidade de haver uma greve dos aeronautas (tripulantes e comissários) e aeroviários (trabalhadores em solo) a partir de amanhã (23), antevéspera do Natal. Apesar de as categorias terem decidido pela greve em mais de uma ocasião, as empresas não acreditam que a paralisação terá adesão.

Ontem, em reunião no Ministério Público do Trabalho (MPT), em Brasília, representantes das companhias aéreas e diretores dos sindicatos dos aeronautas e aeroviários não chegaram a um acordo sobre o aumento salarial para a categoria.

Os aeronautas e aeroviários reivindicam, respectivamente, aumento salarial de 15% e 13%, mas as empresas ofereciam 6,5%. O indicativo de greve já havia sido decidido pelas duas categorias no início do mês, caso as empresas não aumentassem a proposta. Além do reajuste salarial, os trabalhadores reivindicam um aumento de 30% sobre o piso.

O percentual oferecido pelas empresas tem como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O Snea afirmou que nos últimos cinco anos os trabalhadores tiveram aumento real de 6%.

Questionada se acredita na adesão à greve e se prevê medidas para minimizar os impactos da paralisação, a TAM afirmou estar “em processo de negociação entre o sindicato das empresas e os sindicatos dos funcionários desde julho”. “Como acontece todo ano, estamos confiantes de que vamos concluir adequadamente esse processo.”

A GOL segue a mesma linha: “as negociações com os sindicatos que representam seus colaboradores seguem seu cronograma e curso normais. A companhia não acredita em motivos para que o processo deixe o caminho do diálogo e do bom senso”, afirmou a companhia.

Já a Azul aposta que seus funcionários trabalhem de acordo com o planejado para o final do ano. “Em relação ao anúncio da greve dos aeronautas e aeroviários para o dia 23 de dezembro, a Azul acredita que seus funcionários não irão aderir à paralisação, mantendo a operação de acordo com o planejado para o período do fim do ano. A companhia procurará manter suas operações em andamento da melhor forma possível para atender seus clientes.”

Ontem a Webjet afirmou, à reportagem do UOL Notícias, que iria aguardar o final da reunião no MPT para se posicionar. Após a reunião, a empresa foi procurada, mas não respondeu qual será seu posicionamento diante do anuncio da greve. A reportagem também procurou a Avianca, mas não a companhia não apresentou uma posição.


Fonte: UOL

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